Portugal fora da guerra de Trump e Netanyahu

Para:
Presidente da Assembleia da República
Primeiro-Ministro
Ministro dos Negócios Estrangeiros


Exigimos ao governo de Portugal que:

  • Condene a agressão ilegal ao Irão por parte de Israel e dos Estados Unidos da América;

  • Proíba o uso de infraestruturas e do espaço aéreo português para qualquer tipo de apoio aos ataques;

  • Aplique sanções ao Estado de Israel pelas suas consecutivas violações do Direito Internacional e pelo genocídio em curso na Palestina;

  • Reconheça de imediato o Estado da Palestina.

No dia 13 de junho, caças israelitas bombardearam vários pontos no Irão. O chefe do governo israelita, Benjamin Netanyahu, alegou “uma ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel”. Na madrugada de 22 de junho, aviões norte-americanos juntaram-se à agressão e bombardearam equipamentos nucleares iranianos. Ainda há poucas semanas, a responsável pelos Serviços de Informações junto de Donald Trump desmentia que o Irão pudesse constituir ameaça nuclear.

Questionado pelo Bloco de Esquerda no domingo passado, o Ministério da Defesa português esclareceu que os Estados Unidos da América usaram a Base das Lajes, nos Açores, para o trânsito de aviões militares no âmbito do apoio à Marinha norte-americana no Atlântico. No entanto, a intensificação da utilização da Base das Lajes durante o ataque ao Irão levanta várias dúvidas.

Já no passado, a Base das Lajes serviu de ponto de apoio a crimes de guerra cometidos pelos EUA no Médio Oriente. Portugal ficou irremediavelmente ligado à decisão de avançar com a invasão do Iraque, sob falsos pretextos e com consequências dramáticas que perduram até hoje.

O ataque ilegal ao Irão está a ser usado para dissipar a atenção internacional ao genocídio em curso na Palestina.

Desde outubro de 2023, pelo menos 56 mil pessoas foram mortas e mais de 130 mil foram feridas
pelas forças israelitas na Faixa de Gaza, com apoio político e militar dos Estados Unidos da América.

A União Europeia mantém em vigor o acordo de cooperação com Israel.








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